domingo, 14 de novembro de 2010

.Festival Internacional da Sanfona







II FESTIVAL INTERNACIONAL DA SANFONA

Segunda edição do festival internacional da sanfona homenageia grandes mestres do acordeon

É pelo segundo ano consecutivo que acontece na região do Rio São Francisco, nas cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), entre os dias 09 e 14 de novembro de 2010, o maior evento gratuito do país sobre o universo da sanfona - o II Festival Internacional da Sanfona, sob a curadoria do cantor, sanfoneiro e compositor pernambucano Targino Gondim e direção geral de Celso de Carvalho.

Além da presença de grandes instrumentistas oriundos de várias regiões do país e do exterior. O festival oferece uma extensa programação que inclui palestras, oficinas, exposições, concertos musicais e grandes shows abertos na Orla Nova de Juazeiro e Concha Acústica de Petrolina.

Entre os artistas convidados para a segunda edição do evento que homenageia os mestres Dominguinhos e Oswaldinho do Acordeon, estão Nando Cordel, os acordeonistas italianos Antonio Spaccarotella, Frank Marocco, Mirco Patarini, o argentino Hector Del Curto, Renato Borghetti, Hermeto Pascoal, Cicinho de Assis, Toninho Ferragutti e Quinteto de Cordas da Paraíba, Orquestra Sanfônica de Aracaju, Flávio Baião, Waldonys, entre outros.

Realizado pela Conspiradoria Projetos e Produções, em parceria com a Toca Pra Nós Dois e Mauricio Pessoa Produções, o Festival Internacional da Sanfona conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, Petrobras, Fundo de Cultura do Estado da Bahia e apoio da Prefeitura Municipal de Juazeiro.

A estimativa de público para esta segunda edição é de mais de 50 mil pessoas. As atividades começam na terça-feira, dia 09 de novembro, com a exposição do acervo do Memorial Luiz Gonzaga e um concerto com o artista alagoano Hermeto Pascoal, no Centro Cultural João Gilberto, em Juazeiro.

O instrumento

Com mais de 3.200 anos de história, descendente do milenar Sheng chinês e patenteada em Viena ainda no século XIX, no ano de 1827, a sanfona ou acordeon, ícone do nordeste brasileiro ainda é hoje, o principal instrumento das festas tradicionais brasileiras, presente na maioria dos arranjos musicais dos mais variados gêneros e estilos. Ainda hoje, o instrumento é muito praticado na Alemanha, nos Estados Unidos, Itália, interior da França, Bulgária e até no Japão.

Os homenageados:

Dominguinhos – Com 60 anos de carreira, o pernambucano de Garanhuns, José Domingos de Morais - o mestre Dominguinhos ganhou mundo com sua sanfona, após inovar a arte do mestre Luiz Gonzaga.

Foi tocando ao lado dos irmãos Os Três Pingüins com apenas sete anos de idade e em companhia de uma sanfona de oito baixos, que foi ouvido pelo Rei do Baião.

Em 1954, após se mudar para o Rio, Dominguinhos integrou o Trio Nordestino e dai não parou mais. No ano de 1967, após ganhar a vida tocando boleros e sambas-canções em cassinos, gafieiras, churrascarias e boates, ingressou na Rádio Nacional, e gravou seu primeiro LP.

Após conquistar a fama no meio musical, passou a ser convidado para gravações e turnês com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia. Logo mais, veio o destaque como compositor. Ao lado de Gilberto Gil, o mestre assina composições, como "Lamento Sertanejo" e "Abri a Porta". Seus maiores sucessos foram "Tantas Palavras", com Chico Buarque, "De Volta para o Aconchego" (com Nando Cordel), gravada por Elba Ramalho e "Isso Aqui Tá Bom Demais".

Hoje no auge dos seus 69 anos, o mestre Dominguinhos alcançou a marca de 41 álbuns gravados, inumeras composições e trilhas para cinema. Entre os diversos prêmios que coleciona ao longo da carreira estão o Sharp, o qual foi vencedor por quatro vezes e o Grammy Latino 2002. Em 2008 foi o grande homenageado do Prêmio Tim de Música Brasileira e vencedor do Prêmio Shell de Música 2010.

Em agosto do ano passado estreou nas telas do cinema em "O Milagre de Santa Luzia". Com direção de Sergio Roizenblit, o longa aborda a cultura popular brasileira por meio da sanfona que une o Brasil de norte a sul, com os ritmos mais variados, do baião ao jazz.

Oswaldinho do Acordeon – Carioca, filho de Pedro Sertanejo, Oswaldinho do Acordeon começou a tocar piano aos oito anos de idade, depois uma sanfona de oito baixos, que ganhou de presente do seu pai, tocando o clássico “Asa Branca” (Luís Gonzaga e Humberto Teixeira) e hoje executa com muita primazia Astor Piazzola, John Lennon, Bach e Beethoven, além de canções nordestinas e da MPB.

Estudou música clássica por treze anos, foi aluno de mestres como o italiano Dante D’Alonzo e Paolo Feolla, no conservatório Santa Clara. O talento raro lhe rendeu uma bolsa no Conservatório Dante, de Milão. Em 1984, Oswaldinho do Acordeon conquistou a admiração de portugueses, ingleses, alemães, suíços, canadenses, japoneses e americanos após uma apresentação no Festival do Campeonato Mundial de Acordeon.

Atualmente, com 22 discos gravados, seu currículo registra gravações com as principais estrelas da MPB, de Elba Ramalho, Edson Cordeiro, Caetano Veloso, Jackson do Pandeiro, Lobão, Raul Seixas, Ney Matogrosso, Nara Leão e Milton Nascimento, até Paul Simon, Manu Di Bango, Didier Lockwood e Cassiopéia. Teve a oportunidade de abrir o show de All Jarreau, na França e participar de projetos como Pixinguinha, USTOP, Free Jazz Festival, Festival de Montreal, Rock in Rio, Festival de Jazz de Montreux (Suíça), Festival de Jazz de Chateauvallon (França), Juan Les Piñs – França, Blue Note (Nova Iorque), Ball Room (Nova Iorque), Show de 500 anos de Descobrimento (Rede Globo), Acústico MTV Rita Lee e Festival de Amiens (França).

O curador

Targino Gondim – Targino Alves Gondim nasceu em Salgueiro (PE), a 100 km de Exu, a terra do Rei do Baião. Criado em Juazeiro da Bahia, quando pequeno acompanhava de perto o “véio Lua” agarrado ao fole, cantarolar as poesias do nordeste e aos 12 anos já carregava o peso da sanfona.
Em 2001, após participar das filmagens de “Eu, Tu, Eles”, foi premiado pelo Grammy Latino e Troféu Caymmi com seu grande sucesso “Esperando na Janela”, que tornou-se um clássico joanino ao lado de “Pula a Fogueira” e “Asa Branca”.

Hoje com 15 Cds gravados e um DVD intitulado Forró pra Todo Lado, Targino continua o legado de Luiz, divulgando o melhor da música nordestina pelo país e exterior. Ao final de 2007, o forrozeiro fez uma breve turnê por Portugal onde gravou um especial para o canal Música Brasil – exibido pela Rede Brasileira de Televisão Internacional (RBTI) para toda a Europa. Já pilotou um especial de TV sobre o nordeste exibido e gravado pelo Canal Futura - “O Tom da Caatinga” e no último dia 11 de agosto arrebatou o prêmio de melhor cantor regional, no 21º Prêmio de Música Brasileira com o álbum “Canções de Luiz”.

Celso Carvalho e a Conspiradoria - Fundada em Junho de 1997, a Conspiradoria Projetos e Produções Ltda atua na área de Projetos e Produção Cultural, particularmente nas áreas de planejamento, elaboração técnica, administração de projetos e produção executiva.

Fundador e Diretor Executivo da Conspiradoria, Celso de Carvalho que é responsável pela produção executiva do I Festival Internacional da Sanfona, em parceria com o músico Targino Gondim e Toca pra Nós Dois Produções, já atuou em cargos de Diretoria e Gerência de grandes empresas como Shell Brasil (10 anos), Brasil Telecom (3 anos) e IRDEB (TVE-Bahia e Rádio Educadora da Bahia), entre outras.

Participação artística em diversos eventos culturais de artes cênicas, música, audiovisual, multimídia e web art na Bahia e São Paulo, destacando-se projetos com Targino Gondim, Manuca Almeida, Daniela Mercury, Confraria da Bazófia, Lucélia Santos, Paulo Betti, Teresa Seiblitz, Marcio Meirelles, Gabriel Priolli, Póla Ribeiro, João Rodrigo Mattos, Ivan Isola, Solange Farkas e Barry Schwartz, entre outros.

Mais informações: http://www.festivaldasanfona.com.br







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