sábado, 27 de março de 2010

.Camarão em 8 baixos


Embora Camarão seja reconhecido como um dos maiores mestres do acordeom de 120 baixos, tendo recebido, inclusive a honraria de Patrimônio vivo de Pernambuco, devido à quantidade ( e qualidade) de serviços prestados à música deste estado, é bem verdade que deu o pontapé inicial de sua carreira discográfica, através da sanfona de 8 baixos.

Corria o ano de 1964, e com o impacto causado pelas gravações de Abdias e Zé Calixto no Rio de Janeiro, o selo Mocambo, sediado em Recife, resolveu apostar suas fichas em um sanfoneiro de 8 baixos.

Reginaldo Alves Ferreira, que já era conhecido como Camarão e já havia adotado o acordeom de 120 baixos como principal instrumento, foi o escolhido. Segundo nos conta o próprio Camarão, ele adquiriu uma sanfona de 8 baixos em afinação natural duas semanas antes das gravações, e preparou o repertório, compondo músicas especialmente para o disco. A gravação ocorreu ao vivo, segundo ele mesmo conta, "num sistema precário", com apenas um microfone overall, capatando o conjunto. No entanto, o resultado esplêndido desta empreitada, deu luz ao disco " Lá vai brasa". É interessante notar que, à parte das caracteristicas de afinação natural, a sanfona de Camarão soa no estilo nordestino da afinação transportada.







Camarão - Na Casa da Anita.mp3
CAMARÃO - Retrato De Um Forró.mp3
CAMARÃO - A Cigana Lhe Enganou.mp3
CAMARÃO - Forrozinho Moderno.mp3
CAMARÃO - Fim De Festa.mp3
CAMARÃO - Baiao Mimoso.mp3
CAMARÃO - É Proibido Cochilar.mp3
CAMARÃO - Forró Em Palmeira Dos Indios.mp3
CAMARÃO - Forró Tema.mp3
CAMARÃO - É Tempo De Voltar.mp3
CAMARÃO - Chililique.mp3

quinta-feira, 25 de março de 2010

.Geraldo Correa


Geraldo Correa é um destacado sanfoneiro pernambucano.

Iniciou sua carreira fonográfica no Rio de Janeiro, por intermédio de Jackson do Pandeiro, em 1964, pela gravadora Philips, que na ocasião investia em valores da sanfona como Zé Calixto.

No entanto, sua carreira principia bem antes, nas feiras e cabarés de sua terra natal, Campina Grande.

O depoimento abaixo é de grande importância, pois atualmente este músico octogenário vive distante dos palcos, sendo um dos ultimos remanescentes da "geração de ouro" dos 8 baixos.




Geraldo_Correia_-_Agora_Vai_-_Lado_A_-_03_-_Fuxiqueiro.mp3

quarta-feira, 24 de março de 2010

.Gerson Filho


Compositor. Instrumentista. Acordeonista.

Nasceu na histórica cidade de Penedo no interior de Alagoas, famosa por suas serestas. Aprendeu a tocar sanfona ainda criança.

Iniciou a carreira artística no Rio de Janeiro no início dos anos 1950 e teve o apoio da dupla Venâncio e Corumba. Em 1953, gravou seu primeiro disco pela Todamérica interpretando ao acordeom, de sua autoria, a "Quadrilha da cidade" e o baião"Catingueira no sertão". Em 1954, venceu o concurso de calouros "Caminho da vitória" na Rádio Guanabara, sendo logo em seguida contratado pela emissora. No mesmo ano, lançou os baiões: "Baião do soldado" e "Baião em Caxias", a polca "Casa velha", todas de sua autoria e a rancheira "Marombando", com Salvador Miceli, entre outras composições.

Em 1955, lançou de sua autoria os choros "Comendo e chorando" e "Choramingando". Lançou também no mesmo ano o baião "Torcida do Flamengo", com Pachequinho. Em 1956, gravou os baiões "Sete quedas" de sua autoria e "Baião paulista", em parceria com Ermínio Vale. Em 1957, gravou de sua autoria o baião "Macaco é Tio Antônio", a marcha "Agüenta o banzeiro", com Miguel Lima e a marcha "Por mulher nunca chorei" de parceria com Otávio Filho. Em 1958, lançou a polquinha "Pra livrá de confusão", de Miguel Lima e a rancheira "Papai me disse", de Sebastião Silva e Astrogildo Meireles, ambas com vocal de Luiza Vidal. No mesmo ano, lançou o LP "Gerson Filho e seu fole de oito baixos" onde gravou a quadrilha, ritimo bastante popular no Nordeste e praticamente ainda não gravado até aquela ocasião. Nesse período sua carreira tomou grande impulso com ele fazendo muitas apresentações em circos, praças públicas e festas por todo o Brasil.

Em 1959, gravou o "Baião da capelinha" de sua autoria e o "Forró de Zé Lagoa" em parceria com Francisco Anísio, famoso comediante, então em começo de carreira. Em 1960, lançou os forrós: "Forró no salão", de Agenor Lourenço e Dini Goulart e "Namoro no forró", de Miguel Lima, Aguiar Filho e Geraldo Maia. Em 1961, gravou de João Silva e Penedo o forró "Ó, Lia" e de sua autoria e Aguiar Filho o baião "De Penedo a Propriá". Em 1963, gravou dele e Otávio Filho o "Baião da meia-noite" e dele e Doca o forró "Na bodega do Bodega".

Em 1969, após muitos anos residindo no Rio de Janeiro retornou para o Nordeste, indo morar em Sergipe, onde passou a apresentar, desde então, o programa "Forró no asfalto" na Rádio Difusora de Aracaju. Em 1970, passou a atuar na Chantecler/Continental, onde gravou cerca de 17 discos, entre os quais: "É pra valer", "Ingazeira do Norte" e "Levanta poeira". Em 1982, lançou o disco "Gerson Filho - Xote da cobra doida", interpretando diversas composições de sua autoria, entre as quais: "Tropé seguro", com Isnaldo Santos, "Minha festa, nossa festa", "Xote da cobra doida" e "Forró de chão batido", de sua autoria. Um de seus principais parceiros foi Isnaldo Santos, com quem compôs entre outras, a quadrilha "Dança comigo", o "Forró na bulandeira" e o xote "Esse xote é bom".

Por sua importância como referência da musicalidade e da cultura nordestina, foi criado, em Alagoas o Troféu Gérson Filho de Cultura Popular.






Gerson Filho - Quadrilha Brasileira.mp3
Gerson Filho - Quadrilha Do Cabo .mp3
Gerson Filho - Sanfona do Barbino.mp3

segunda-feira, 22 de março de 2010

.Luizinho Calixto


LUIZ GONZAGA TAVARES CALIXTO, popularmente conhecido no cenário musical como LUIZINHO CALIXTO.
Nasceu na cidade de Campina Grande no dia 21/06/1956, filho de Maria Tavares Calixto e de João de Deus Calixto, um grande tocador de 8 baixos das antigas, conhecido na época como seu DIDEUS.
Pai de 10 filhos, sendo seis mulheres e quatro homens, dos filhos homens o que mais se destacou foi o mais velho ZÉ CALIXTO, conhecido em todo o Brasil, depois musicalmente falando, veio BASTINHO CALIXTO, também tocador de fole e mais tarde cantor e produtor musical, depois veio JOÃO CALIXTO que também é tocador de fole, e ainda teve DALVA de saudosa memória que de vez em quando tocava acordeon nas festas de colégio e também ZELITA CALIXTO que já tem musicas gravadas por vários interpretes da musica nordestina e romântica.
LUIZINHO CALIXTO como filho mais novo não podia agir diferente dos outros aprendeu a tocar o fole de 8 baixos ainda com dez anos de idade, ouvia no rádio as musicas do irmão mais velho e agarrado a um pedaço de madeira puxando para um lado e para outro solfejava as musicas que ouvia tocar no radio, assim foi indo até que um dia o irmão ZÉ CALIXTO de tanto ouvir comentários que Luizinho era dotado de talentos musicais lhe deu uma sanfona de 8 baixos de presente, era tudo que ele queria, quando pegou já foi logo tocando e se mostrando pra vizinhança ouvir e comentar, foi um show, a porta da casa de seu Dideus ficava sempre tomada de pessoas que queriam ouvir o mais novo talento da família.
Luizinho pelo fato de ser o caçula da família era muito paparicado, apesar das dificuldades na época tudo se superava com a musicalidade, seu Dideus e dona Maria tinham muito cuidado com o filho mais novo e não permitiam que ele saísse com ninguém.
Um dia apareceu um senhor já conhecido e amigo da família, compositor radialista e muito conhecido na época, trata-se de ROZIL CAVALCANTE, o popular Zé Lagoa assim era chamado pelo grande publico que ouvia os seus programas pela Radio Borborema de Campina Grande, Rosil foi o único que conseguiu convencer seu Dideus a liberar Luizinho para se apresentar no programa ' Forró de Zé Lagoa , daí por diante eram muitos pedidos, para que Luizinho se apresentasse nos microfones da radio Borborema foi tudo muito bem, estudo, estudo e nas horas vagas sanfona e o tempo foi passando, a dificuldade foi aumentando, os irmãos foram embora para o Rio de Janeiro em busca de uma melhor sorte e as mulheres foram casando e ficou só o casal de velhos e o caçula que se dedicava muito aos estudos, e Luizinho conseguiu arranjar o primeiro emprego como picotador de peças para sapateiro mas, durou pouco , pois o patrão era muito abusado depois arranjou um outro trabalho como desenhista fotográfico trabalhava durante o dia e estudava a noite em um colégio particular pago por ele mesmo, até que chegou o momento de decidir entre o trabalho e os estudos, como o dinheiro lhe era de maior precisão.
Luizinho teve que parar com os estudos pois dependia daquele dinheiro para ajudar nas despesas de casa.
O pai, seu DIDEUS desde muito cedo era amigo do então rei do ritmo Jackson do pandeiro, tocavam juntos numa casa noturna em campina grande, era um trio, seu Dideus, Jackson, e o Cassiano, cantor e compositor da música, "A lua e Eu " isso Luizinho não era nem nascido, depois Jackson se tornou amigo também do irmão Zé Calixto.
Um dia, já depois da fama Jackson , veio a campina com a caravana o fino da roça, nesse dia, Jackson teve a oportunidade de ouvir Luizinho tocar e aconselhar para o levarem para o Rio de janeiro. E no ano de 1975 o irmão Bastinho o chamou para ir gravar o primeiro disco, intitulado " vamos dançar forró" depois do lançamento do disco Luizinho teve que viajar para divulgá-lo. Ainda no Rio através do Jackson, conheceu o apresentador da radio globo Adelson Alves e tocou ao vivo no seu programa sendo acompanhado pelo pandeiro mágico do Jackson.
Luizinho morou no Rio de janeiro por seis anos, até que voltou a suas origens, passaram-se dois anos e Luizinho veio conhecer Fortaleza, então as coisas passaram a melhorar, conheceu muita gente e fez muitas amizades. Numa delas, o rei do baião GONZAGÃO, já o conhecia através do irmão Zé, porque eram compadres, mas, não tinham amizades, nesse momento Luizinho tocou um pouco de acordeom para o rei, e o rei ficou impressionado porque não sabia que o mesmo tacava também acordeom,e o rei o aconselhou a se dedicar-se mais e Luizinho falou-lhe que tocava era sanfona de 8 baixos mais o rei insistiu, e Luizinho então disse-lhe que não tinha acordeom, então Luiz Gonzaga disse,que tava com um acordeom a procura de um besta para presenteá-lo, e que já tinha encontrado, e assim Seu Luiz deu de presente a Luizinho, a sanfona que ele tocou pela ultima vez, Luizinho já participou de um filme, de FLORINDA BOLKAN "Eu não conhecia tururú" fez várias viagens a Europa , tocou em PORTUGAL, ESPANHA, FRANÇA E ARGENTINA.
Luizinho além de 8 baixos e acordeom também toca violão, cavaquinho, pandeiro, zabumba, triangulo,agogô e reco-reco, também nas horas vagas é artista plástico, Luizinho é casado com a Sra. LENICE SOUZA desde 1982, desta união nasceram Thiago e Larissa.









12. Baiao Menino - Luizinho Calixto.mp3
Luizinho Calixto-Lambada nos oito baixos.mp3

sábado, 20 de março de 2010

.Andrezza Formiga



Recife - Pe
Começou a carreira, em 2000, com a banda Casaca de Couro.

A partir de 2009, ingressou em trabalho solo. Lançou o CD “Poeira e Chão”, com a Casaca, e depois, disco-solo (de forma independente), do qual se destacam as músicas “Pela Metade” e “Tudo pra mim”.

Faz shows em Gravatá, Caruaru e Fernando de Noronha.

Sua banda é formada por Adriano Bezerra (baixo), Tony (guitarra), Diógenes (sanfona), Mano (bateria) e Binho (zabumba).






Andrezza Formiga e matuta chic - Se Me Provocar.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Primeiro Eu.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Pela Metade.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Vem.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Eu e Você.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Seu Nome.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Pra Ganhar Meu Coração.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Seu Brinquedo.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Se a Saudade Perguntar.mp3
Andrezza Formiga e matuta chic - Tudo Pra Mim.mp3

.Terezinha do Acordeon


Pioneira em Pernambuco no gênero musical, começou sua carreira aos 12 anos na cidade de Salgueiro, quando ganhou o seu primeiro acordeon. Formou um trio com os irmãos Francisco e Belarmino (também sanfoneiro e compositor) e animava festas colegiais e juninas. Também participou de grupo musical com o escritor Raimundo Carreiro (na época músico).

Na década de 80, já no Recife, formou grupo musical com Lula do Acordeon, mas só cantava, deixando os acordes com o sanfoneiro.

Em 84 grava o primeiro disco “Alegria no Sertão” e em 86 produziu e participou do disco “Festão do Forró”. Em 90, sentido a necessidade de uma participação maior no cenário musical, assumiu o seu acordeon e fez a diferença. As outras mulheres do ramo só cantavam, ela tocava e cantava. Como a única mulher a tocar forró, começou sua trajetória brilhante. Já em 93 participou da Missa do Vaqueiro em Serrita.

Em 96 grava mais um disco, com participação do irmão Bel e Petrúcio Amorim, que lhe retribui com a participação no CD “Petrúcio Amorim 20 Anos de Forró”. Também participou do primeiro CD “Pernambuco em Concerto”. É Maestrina da Orquestra Sanfônica de Pernambuco com várias apresentações no Estado, e acompanha a atriz Geninha da Rosa Borges na peça “O Marido Domado” de Ariano Suassuna, com várias apresentações no Brasil e exterior. Já tocou com Dominguinhos, Camarão, Nando Cordel, Petrúcio Amorim, Maciel Melo.





Terezinha Do Acordeon - Carpina Pe.mp3
Terezinha Do Acordeon - Vaqueiro Do Sertão.mp3
Terezinha Do Acordeon - Recordando Salgueiro.mp3
Terezinha Do Acordeon - Carpina Pe II.mp3

terça-feira, 16 de março de 2010

.Edgar dos 8 Baixos


Edgar dos Oito Baixos

Maceió - Alagoas

Em 1949, ainda criança, Sr. Edgar já tocava xole, sob a influência de seu pai, que tocava vários instrumentos.

Em 1959 começou a tocar profissionalmente. Junto com seu trio, toca o forró pé-de-serra e já tem 25 discos gravados, tendo o último deles o título "Edgar dos Oito Baixos é Festa".

Já tocou com Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino e entre outros.

Já passou seus conhecimentos para seu filho Edgar. Fez várias viagens para S. Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba.





EDGAR DOS 8 BAIXOS - VILA NOVA.mp3
EDGAR DOS 8 BAIXOS - DÉCADA DE 80.mp3

segunda-feira, 15 de março de 2010

.Arlindo dos 8 baixos


O bairro de Dois Unidos, no Recife, se transforma aos domingos.

Há 10 anos o sanfoneiro cego Arlindo dos Oito Baixos promove um forró arretado no que era o quintal de sua casa. Quem pensa tratar-se de coisa pequena, se engana. O Espaço Cultural Arlindo dos Oito Baixos – reformado pela Prefeitura – comporta 800 pessoas. Gente de toda a cidade, além de turistas, frequenta o autêntico arrasta-pé nordestino. Além do anfitrião, não raro o público depara-se com Dominguinhos, Camarão e outros ícones da música pernambucana.

Nascido em Sirinhaém, Arlindo é autodidata na arte de tocar sanfona. Aos 10 anos já dava seus primeiros shows. Costumava variar entre a sanfona de 80 e 120 baixos. Já adulto, aproximou-se de Luiz Gonzaga. Tocou com o rei do baião por mais de 20 anos. Dele recebeu um conselho: “Vá tocar sanfona de oito baixos. Já tem muito sanfoneiro por aí que toca as outras, você vai ser diferente”.

Hoje, aos 68 anos, além de promover o concorrido forró, Arlindo dá aulas de sanfona. E comemora o interesse dos mais jovens pelo instrumento. “Enquanto esse pessoal existir, a sanfona não vai morrer.” Já gravou 12 discos, e entrará em estúdio em janeiro para mais um lançamento – todas as canções foram apresentadas em primeira mão no forró.

No ano passado, o público diminuiu devido à lei seca. Um jornal da cidade chegou a noticiar que o local poderia fechar as portas. Os admiradores se uniram em movimentos e o lugar foi resgatado com força total. Só um aviso: nada de ir ao forró de chinelo ou bermuda. “Tem de vir arrumado. Sem sapato não entra”, avisa o sanfoneiro.






forrótemquesercoladinho
Arlindo dos 8 baixos - Mestre do Beberibe - 1981 (Forró tem que ser coladinho).rar

domingo, 14 de março de 2010

.Zé Calixto


José Calixto
1939 Campina Grande, PB

Instrumentista. Sanfoneiro. Compositor.

Começando a tocar aos oito anos, aos doze já tocava sozinho em bailes e festas de sua cidade. Nas apresentações dessa época, conheceu Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda.

Em 1959, em período de lua- de- mel de seu recente casamento, foi convidado por um amigo para fazer uma gravação no Rio e Janeiro. Deixou sua esposa e aceitou viajar oito dias num ônibus. Voltou três meses depois, para buscar sua companheira, mudando-se para a cidade maravilhosa, onde moram desde então.

Conhecido como o Rei dos oito baixos, dedicou toda sua vida à sanfona, desenvolvendo, especialmente, o gosto pela execussão do forró junino.Em 1960, gravou uma série de 4 discos ao acordeom pela gravadora Sinter com os forrós "Forró de Seu Dideu", "Forró em Serra Branca", "Forró em Campina Grande" e "Bodocongó"; a polca "Polquinha brejeira"; o frevo "Oito baixos no frevo"; o xote "Xote em fá" e o choro "Bossa-nova em oito baixos", todas de sua autoria. Com sua sanfona de oito baixos, chamou tanto a atenção dos produtores cariocas, que logo foi contratado pela Phillips, passando a gravar um LP por ano.

Em 1961, por aquela gravadora, lançou os forrós "Arrodeando a fogueira", de sua autoria e "Apertadinho", de Ari Monteiro e Airão Reis. Em 1963, gravou, também na Philips, dois forrós: "A pisada é essa", com Jackson do Pandeiro e "Tempo de milho verde", com Aquilino Quintanilha.

Participou da coletânea "O fino da roça", lançada pela gravadora Philips, em 1969, da qual participaram ainda, Jackson do Pandeiro, Zé Catraca, Messias Holanda, Zé Messias, Adélia Ramos e Elino Julião, liderados por Genival Lacerda, que substituiu Jackson do Pandeiro na excursão homônima, percorrendo todo o Nordeste, tocando com sucesso em clubes e praças, por ocasião dos festejos juninos.Terminado o contrato com a Philips, Calixto foi recebido por quatro outras gravadoras, passando pela CBS, Tapecá, Continental e Odeon-EMI, lançando ao todo 26 discos solo.

Em 1972, teve as músicas "Forró do Nino", parceria com New Carlos e "Forró do mestre-sala", com Manoel Serafim gravadas no LP "Forró na palhoça" da CBS com interpretações suas.

O LP lançado pela CBS, em 1973, trazia como destasques "Forró do Nino", de Bastinho Calixto e New Carlos e "Forró do mestre-sala", de sua autoria com Manoel Serafim.Em 1974, teve os forrós "No cantinho da parede" e "Só pra perturbar", parceria com Bastinho Calixto, gravados por Bastinho Calixto pela EMI.

Atualmente, trabalhando com gravadoras independentes, era dedefinido por Sivuca, seu companheiro de forró, que o conhece a 40 anos, como "um cavalheiro rústico, um artesão no fole de oito baixos, já que ele mesmo afina sua sanfona".

Como artesão, Zé Calixto não se limita a seu instrumento, afinando, também, a sanfona e outros músicos.Seu reconhecimento como instrumentista se estende por vários artistas ligados à sanfona de oito baixos, como Joelson dos Oito Baixos que, com 40 anos de carreira, o aponta como ídolo.

É considerado também como ídolo de vários grupos da nova geração do forró, influenciando bandas como o Trio Forrozão e tendo participação no primeiro disco do grupo Mestre Ambrósio.

Faz questão de retornar à sua terra natal, Campina Grande, anualmente, para se apresentar no período das festas de São João, geralmente acompanhado de amigos, como Genival Lacerda e Borguetinho.










Zé Calixto - Escadaria.mp3
Zé Calixto - Delicado (instr).mp3
Zé Calixto - Andre De Sapato Novo.mp3
Forró do Mengo - Zé Calixto.mp3
Delicado_Zé_Calixto_vs_Ademilde_Fonseca.mp3
01 - Zé Calixto - Queima a sola do pé.mp3
09 - Zé Calixto - Oitão da casa grande.mp3
Zé Calixto - Simplificando.mp3

sábado, 13 de março de 2010

.Abdias


Abdias (JOSÉ ABDIAS DE FARIAS), Nascido no estado da Paraíba, já aos 6 Anos de Idade, empunhava sua sanfona de 8 baixos contra a vontade do Pai, que, convencido afinal, da precocidade Musical do Filho, Começou a ministrar-lhe os primeiros ensinamentos, que foram bem aproveitados.
Aos 12 anos, passou dos 8 baixos para o acordeom, ingressando como solista na Radio Difusora de Alagoas, onde conheceu Marinês, que viria a se tornar sua esposa. Depois de casados, formaram uma dupla, que ao percorrer vários estados, eis que um deles, Sergipe, na cidade de propriá, foram apreciados por ninguém menos que LUIZ GONZAGA, que os convidou para integrarem sua embaixada do baião.
Após 1 ano de excursões, Marines atingiu o estrelado com o famoso Grupo Marines e Sua Gente, sendo que no meio dessa gente, estava o Abdias, que por modéstia, não havia gravado nada. Marines insistiu tanto, que Abdias então, resolveu seguir carreira como solista de 8 Baixos, ficando conhecido como ABDIAS E SUA SANFONA DE 8 BAIXOS.




Abdias Dos 8 Baixos - Vapor Do Luna.mp3
Abdias Dos 8 Baixos-08 - Ela Vai Sofrer Por Mim.mp3
Abdias Dos 8 Baixos-04 - Zé Tempero.mp3
Abdias Dos 8 Baixos - Nem Me Lembro De Você.mp3

segunda-feira, 1 de março de 2010

.Benício Guimarães


Aos 62 anos, sem parar de produzir e tocando por todo o Brasil, um dos músicos mais influentes do forró pé de serra, o alagoano Benício Guimarães, lançara álbum com 15 faixas inéditas, previsto para o segundo semestre deste ano.
Homenagens ao seu público, na composição "A juventude manda", e a tradição dos temas regionais prometem sucesso para o novo projeto, adiantado nos shows com "A Fantasia", música nova que já está na boca dos forrozeiros.
As novidades acompanham o retorno de Benício Guimarães ao cenário paulistano, que ainda mantém no circuito universitário a tradição do pé de serra, ao contrário do nordeste, onde essa vertente perde espaço cada vez mais para o forró eletrificado. "Aqui, eu via sempre as músicas do meu pai sendo tocadas pelos outros trios ou pelos DJ's. Ele fazendo sucesso, mas sem ver nem receber nada por isso. Além disso, o forró pé de serra é mais forte em São Paulo que no Nordeste", diz Zé Neto, filho de Benício Guimarães.
Depois de 20 anos ausente de São Paulo, a volta foi marcada com a participação no Festival Rootstock, evento anual de forró em outubro de 2009. Desde então, o sanfoneiro se apresenta nas principais casas paulistas, como Remelexo, Canto da Ema, Forró Classe A, além de tocar em Minas Gerais e Rio de Janeiro.












Benicio Guimarães - Forró Na Fazenda.mp3
Benicio Guimarães - Festa dos animais.mp3
Benicio Guimarães - fantasia.mp3
Benicio Guimarães - Sanfona fuxiqueira.mp3

confiram um pouco mais da tragetória de Benício Guimarãoes em uma super entrevista!


Pé de Serra Brasil :Quais foram as Inspirações de Benicio Guimarães?


Benicio Guimarães - Quando eu comecei a tocar eu me baseei em Gonzaga para cantar e em Dominguinhos para tocar, só que eu não tinha condições de comprar uma sanfona para eu aprender a tocar ate hoje eu estou me batendo para aprender, por volta dos anos 60 apareceu Dominguinhos, eu já tinha uns 20 anos ai foi que eu inventei de tocar sanfona, mas não tinha dinheiro para comprar uma sanfona, era um “cabra” pobre sem condições.


Pé de Serra Brasil: Como foi o começo?


Benicio Guimarães- Por volta do ano de 1968 lá em Alagoas um fazendeiro conhecido da região me pediu para arrumar um sanfoneiro bom para tocar em um casamento na mesma época chegou um conhecido de São Paulo levando uma Todechine conhecida como dente de coelho e ai eu falei com ele e pedi para deixar pegar na sanfona para tocar e disse a ele que nos tínhamos sido chamados para tocar em um casamento no mês de Dezembro, isso aconteceu em outubro de 1968, Joaquim que era o dono da Sanfona ficou assustado em saber que ia tocar na festa de casamento da filha de um dos fazendeiros mais conhecidos daquela região, mas eu disse a ele que não se preocupasse não porque eu iria tocar o melê e a sanfona seria fácil de levar, e vamos lá qualquer coisa que tocar ta bom o povo lá é meu amigo, resultado: toda semana eu ia lá na casa de Joaquim durante o mês de outubro e novembro só que eu via ele tocando via os outros ouvia na radio também, naquele tempo eu ouvia um forró da gota serena era um sucesso danado a radio Cabuji de Natal naquele tempo tocava Abdias, Geraldo Correa, Luiz Gonzaga, nao tocava muito Dominguinhos, e eu com uma vontade da gota de aprender a tocar escutava e ia tentando tocar e num é que eu desenvolvi em oito semanas eu aprendi a tocar dez musicas, tocar, cantar e solar, meu amigo dizia como é que tu aprendeu a tocar assim hein? Tu vai tocar no casamento, quando foi no dia 15 de Dezembro de 1968 fomos tocar no casamento, deu uma festa boa danada naquele tempo um tocador tocava a noite todinha em uma festa para ganha 30 conto e eu fui lá tocar nesta festa com Joaquim rendeu para nós 165 conto deu muito dinheiro, a turma comentava: - “mas rapaz que festa boa esta foi pra valer mesmo”, ai eu peguei e dei 80 conto para o Joaquim, fiquei com 80 e dei 5 para meu irmão, eu levei ele e ele disse que só ia por 5 então dei os 5 pra ele, ai passou o carnaval logo depois teve um outro casamento me chamaram para tocar também só que nesse eu ganhei um pouco mais ganhei 180, toquei somente este também ai voltei a cuidar de minha terrinha, passou no ano de 1968, de 69 chegou 1970 ai rapaz deu uma seca brava no nordeste, foi quando eu fui para o Mato Grosso para a casa de um primo meu passar uns tempo por lá e sem sanfona, chegando em Mato Grosso na casa de meus Primos tinha um homem lá perto que tinha uma sanfona ai comecei a pegar a sanfona e descobri este ritmo de musica do sul paraguaio o rasquiado, eu sei tocar um bucado de coisa por causa disso, não tinha instrumento eu pegava a sanfona do cara ai no ano de 1972 eu voltei para o nordeste comprei uma sanfoninha toquei em uma festa mas como era muito ruim, não prestava, eu devolvi para o antigo dono, ai deu um uns anos ruins pelo nordeste eu peguei e disse a mulher que ia para São Paulo trabalhar para comprar uma sanfona, no ano de 1974 a 1975 eu trabalhei em uma tecelagem para comprar uma sanfona, comprei ai fui para o programa de Pedro Sertanejo participei de um programa dele e fiz gravei um compacto, foi quando conheci Durval Viera, ai quando foi no ano de 1980 fui chamando para gravat o nível onde eu gravei algumas musicas como Sanfona Fuxiqueira, sete meninas estas coisas que estão ai ate hoje vai completar 30 anos de carreia agora no mês de abril.


Pé de Serra Brasil: Nestes 30 anos de carreira são quantos discos gravados?


Benicio Guimarães- Rapaz contando com os lp’s eu tenho 14 discos gravados


Pé de Serra Brasil: Existe algum projeto para um novo disco de Benicio Guimarães?


Benicio Guimarães - Estamos trabalhando para isso, os meninos estão correndo atrás para que em 2010 tenha um novo disco só com composições próprias, eu sou um cara muito simples, não me considero bom, que bom eu não sou, e não me considero pior que ninguém, eu agradeço sempre a Deus por me dar esta inspiração divina, porque não sou eu quem compõe nada é um anjo da musica que me manda a inspiração de escrever isso, eu não falo para os outros, mas eu acho bom tudo que eu escrevo, quando eu compus a musica Festa dos animais pensei logo isso é coisa para pessoa formada é coisa de universitário, e hoje meu trabalho é para este publico hoje meu trabalho e um pouco diferente não é bem o pé de serra puro tem algo um pouco mais voltado para os universitários por isso que tenho que tomar um pouco mais de cuidado para poder fazer uma musica, não posso dizer coisa com coisa tem que pensar muito antes de escrever uma musica hoje porque o publico do forró de hoje é mais estudado.


Pé de Serra Brasil: Na ultima entrevista realizada pelo blog Pé de Serra Brasil Flavio José disse que não existe forró universitário e sim um grupo de universitário que faz forró pé de serra. Você concorda com o pensamento de Flavio José?


Benicio Guimarães - Perfeitamente, são universitários que fazem forró pé de serra, a gente grava para universitário porque são eles quem fazem as pesquisa da cultura brasileira, eu agradeço a Deus por isso inclusive eu fiz uma musica dizendo isso “A JUVENTUDE MANDA”, o forró esta no Japão esta no mundo inteiro e é através dos universitários, os caras não fizeram isso, mas eu fiz Deus me deu a inspiração e eu fiz a musica no próximo disco de Benicio Guimarães vocês vão ver e ai depois você me diz como foi a repercussão desta musica.


Pé de Serra Brasil: Você voltou para o nordeste seu estado natal de Alagoas, passou um bom tempo antes de voltar para São Paulo, lá no nordeste hoje em dia o que esta mais em alta e um estilo diferente de fazer forró, é o que alguns chamam de forró eletrificado. O que você acha deste estilo de forró?


Benicio Guimarães - É bom, foi musica eu acho bom, tem gente que curte sertanejo e não gosta de forró, eu gosto de todos os estilos de musica, gosto de um rock, eu adoro o que é musica boa, pra mim foi boa a musica eu adoro e respeito, dou valor e respeito.


Pé de Serra Brasil: Quando você voltou para São Paulo você esperava ser tão bem recebido, ser aclamado por esta juventude toda cantando suas musica como Festa dos Animais, Sanfona Fuxiqueira, Sertão de Cabra Macho. Você esperava este retorno tão bom?


Benicio Guimarães - Agora no disco novo tem também libra Estelia, levanta pó, veja bem eu não fiquei muito tempo sem vim a são Paulo, eu vinha antes para passar estas coisas de direitos autorais, e esta burocracia todas do meio da musica, então eu já tinha uma noção de como estavão as coisa por aqui, eu não queria vir para ficar aqui batendo nas portas das casas de show atrás de datas para tocar, isso eu não queria fazer, mas ai meu filho juntos o os meninos daqui o Madruga e o Fabinho que hoje estão tomando conta de tudo isso pra mim então estou trabalhando e fazendo as coisas de forma certa e estou achando bom.


Pé de Serra Brasil: São João vai fazer algum trabalho no nordeste ou vai ficar por São Paulo mesmo?


Benicio Guimarães - No são João eu passo todo ano no nordeste, mas tenho algumas coisas marcadas por aqui também, tenho muita coisa marcada por este Brasil já graças a Deus, ma eu vou ver se consigo pelo menos uns 15 dias no mês de são João para mim, preciso descansar um pouco também.


Pé de Serra Brasil: E para esta turma que esta começando agora, estes jovens que estão iniciando a carreira, o que você tem a dizer para eles?


Benicio Guimarães – E muito bom, tem muita gente boa hoje em dia, tem muitos meninos cantando com uma vontade danada e cantando Benicio Guimarães ai eu acho melhor ainda. Nunca foi fácil cantar é preciso ter muita dedicação e não basta somente gostar tem que ter o dom hoje em dia tem uma molecada tocando muito não e muito fácil entrar no meio hoje em dia não, apesar de que nunca foi para mim não foi muito difícil não porque eu sou uma pessoa muito simples fui chegando de mansinho ate que consegui, mas tem que se dedicar muito mesmo não e fácil entrar hoje em dia, a pessoa dizer assim: “eu vou montar um trio e vou tocar” não e o suficiente, tem que ter o dom e dedicação entra só porque gostam não dura muito não, às vezes uns filhos de papai entra nesse meio e logo sai por sim mesmo, eu mesmo sou um homem que persistiu muito com pouco estudo, mas pode pegar todas minhas gravações você vai ver que todas as musicas tem uma melodia diferente e sou eu quem faço tudo, eu que faço as letras os arranjos, não me considero um grande em nada sou pequeno até no tamanho, mas temos que fazer as coisas com muita dedicação porque senão não da certo.


Pé de Serra Brasil: Neste circuito da nova geração tem alguém que você destaca como revelação?
Benicio Guimarães – Rapaz todos são bons, eu não quero falar muito não ate porque não conheço todos mas tem um grupo que esta dando muito certo e eu gosto muito do trabalho deles que é o Trio Dona Zefa são três irmãos muito bem entrosados tocam e cantam muito bem, tem Flavinho Lima também que considero muito bom fez o lançamento de cd dele a poucos dias inclusive gravou uma musica de Benicio Guimarães “Me liga” mas tem uma turma muito boa hoje nas paradas.


Pé de Serra Brasil: E da geração passada, você disse que se inspirou muito em Dominguinhos e em Luiz Gonzaga, teve mais algum no qual você considerou uma forte inspiração daquele tempo?

Benicio Guimarães – Para cantar com sanfona no peito foi Dominguinhos e o velho Lua, mas para tocar sanfona eu sou fã de Luizinho Calixto, Geraldo Correa, Sivulca, Mario zan, Jackson do Pandeiro, Ari Lobo Jacinto Silva, Osvaldo de Oliveira que era muito meu amigo também, estas pra mim foram os bons e eu me espelhei muito em todos eles agora perdemos uma pessoa que vai fazer uma falta muita Grande que foi Mestre Zinho.


Pé de Serra Brasil: Mudou muita coisa principalmente em São Paulo desde a ultima vez que você esteve nas paradas?


Benicio Guimarães– A única coisa que mudou é que não tem mais casa para tocar, hoje tem mais casa do que no tempo que eu estive por aqui, mas fora isso o sistema continua o mesmo.


Pé de Serra Brasil: Benicio para encerrar nossa conversar existe alguma mensagem que você queira deixa para todos os forrozeiros que lerão esta nossa conversa?


Benicio Guimarães – Eu quero Agradecer em primeira mão a todos os Universitários que curtem nossas musicas, esta turma, eles são o pivô de tudo são como uma engrenagem fazendo a gente viver na musica, agradeço aos DJs a todos que hoje fortalecem nosso trabalho, através dos estudos destes universitários que trouxeram de volta grandes nomes da cultura nordestina como Ary Lobo e tantos outros intérpretes desta Cultura do forró pé de serra, eu sé tenho a agradecer a todos vocês, agradeço a você também por este trabalho tão bonito que vem fazendo no forró pé de serra, agradeço, agradeço e agradeço...