Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa.
Desde criança se interessou pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas religiosas, feiras e forrós.
Saiu de casa em 1930 para servir o exército como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro. Viajou pelo Brasil como corneteiro e, de vez em quando se apresentava em festas, tocando sanfona.
Deu baixa em 1939 e foi morar no Rio de Janeiro, levando sua primeira sanfona nova.Passou a tocar nos mangues, no cais, em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas ruas, passando o chapéu para recolher dinheiro. Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, solou uma música sua, "Vira e mexe", e ficou em primeiro lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas radiofônicos, inclusive gravando discos, como sanfoneiro, para outros artistas, até ser convidado para gravar como solista, em 1941.
Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge e tinham artistas contratados. Trabalhou na Rádio Clube do Brasil e na Rádio Tamoio, e prosseguia gravando seus mais de 50 solos de sanfona.
Em 1943, já na Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro nordestino e começou a parceria com Miguel Lima, que colocou letra em "Vira e mexe", transformando-a em "Chamego", com bastante sucesso. Nessa época, recebeu de Paulo Gracindo o apelido de Lua.Sua pareceria com Miguel Lima decolou e várias músicas fizeram sucesso: "Dança, Mariquinha" e "Cortando Pano", "Penerô Xerém" e "Dezessete e Setecentos", agora gravadas pelo sanfoneiro e, também cantor, Luiz Lua Gonzaga.
No mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto Teixeira, com quem sedimentou o ritmo do baião, com músicas que tematizavam a cultura e os costumes nordestinos. Seus sucessos eram quase anuais: "Baião" e "Meu Pé de Serra" (1946), "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" e "Mangaratiba" (1948) e "Paraíba" e "Baião de Dois" (1950). Em 1945, assumiu a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora e dançarina Odaléia.
E, em 1948, casou-se com Helena das Neves. Dois anos depois, conheceu Zé Dantas, seu novo parceiro, pois Teixeira cumpria mandato de deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950, fizeram sucesso com "Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca". Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.
Outros ritmos, como a bossa-nova, subiram ao palco, e o Rei do Baião voltou a fazer shows pelo interior, sem perder a popularidade. Zé Dantas faleceu em 1962 e o rei fez parcerias com Hervê Cordovil, João Silva e outros. "Triste Partida" (1964), de Patativa do Assaré, foi também um grande sucesso. Suas músicas começaram a ser regravadas pelos jovens cantores: Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Caetano Veloso, que o citavam como uma das influências.
Durante os anos 70, fez shows no Teatro Municipal, de São Paulo e no Tereza Raquel, do Rio de Janeiro. Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso. Gravou com Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento etc. Sua dupla com Gonzaguinha deu certo. Fizeram shows por todo o país com "A Vida de Viajante", passando a ser chamado de Gonzagão. Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.
Segue abaixo um cd ao vivo do Gonzagão pra voces se deliciarem!
O forró, assim como o samba, possui as mesmas raízes, ou seja, ambos se originaram da mistura de influências africanas e européias. "Na música nordestina, um toque indígena, uma pitada européia, um tempero africano; é só degustar..."já citava um dos especialistas no assunto.O batuque - dança de roda com que os africanos mostravam a sua cultura - foi o tronco principal no que diz respeito à formação da música popular no Brasil. Dele surgiramdiversas variações que se espalharam tanto em áreas urbanas quanto rurais sob vários nomes e estilos próprios conforme a região do país. Origem da Palavra A origem do forró é controversa. É certo que o ritmo nasceu no Nordeste e foi :apresentado ao Sul do país por Luiz Gonzaga nos anos 40. Mas quando, onde e como ele apareceu lá no sertão ainda é, de certo modo, um mistério que vem dividindo muitos estudiosos e músicos.
Há a versão mais popular de sua origem, até transformada em canção por Geraldo Azevedo em 82, (e relançada agora em sua coletânea Frutos e Raízes), For All Para Todos: a de que o nome viria dos dizeres "For All" (em inglês "para todos").
A frase vinha escrita nas portas dos bailes promovidos pelos ingleses em Pernambuco, no início do século, quando eles vieram para cá construir ferrovias. Se a placa estivesse lá era sinal de que todos podiam entrar na festa, regada a ritmos dançantes que prenunciavam o forró de hoje, essa era a versão defendida por Luiz Gonzaga.
Nestes bailes tocavam todos os tipos de música e também o ritmo precursor do forró atual.
A segunda versão é dada pelo historiador e pesquisador da cultura popular Luís da Câmara Cascudo, que diz que a origem é o termo africano "forrobodó", que significaria festa, bagunça.
Em alguns povoados pequenos do país (como na Ilha Grande-RJ ou na Ilha do Mel-PR) forró significa bailão popular ou arrasta pé, onde se dança de tudo."Escrevi a música For All Para Todos, que foi título de um disco meu, quando ouvi uma entrevista de Luiz Gonzaga e Sivuca na TV, na qual eles contavam essa história da origem do forró", conta Geraldo Azevedo, nascido num distrito de Petrolina, no sertão pernambucano, e com muitos forrós compostos em seus 25 anos de carreira fonográfica.
Porém, logo uma corrente contrária se manifestou: "Na época, houve protesto de muitas pessoas", diz Geraldo. "O pesquisador Câmara Cascudo me escreveu uma carta dizendo que a história de Gonzagão não tinha fundamento,pois a palavra forró vinha de forrobodó, expressão que em dialeto africano significa fresta, bagunça".
Gonzagão, o pioneiro ! Controvérsias à parte, quase todo mundo concorda que sem Luiz Gonzaga, o forró não estaria hoje aí nos bailes de todo o Brasil como a última moda musical.
O Velho Lua nasceu em Exu, sertão pernambucano, em dezembro de 1912. Filho do sanfoneiro Januário, que animava os bailes da cidade nos finais de semana, desde pequeno ele tomou familiaridade com o instrumento. E, em todos os lugares aonde ia, Gonzaga procurava experimentar o acordeon ou a zabumba e estava sempre junto aos músicos. Depois de uma briga com a mão, aos 18 anos, ele resolveu ganhar o mundo. Foi para o Ceará, onde entrou para o Exército e virou cabo corneteiro. Dali andou mais um pouco, chegou em São Paulo e, finalmente,fixou-se no Rio de Janeiro, disposto a tentar carreira de músico no rádio.
Antes de se inscrever no programa de Ary Barroso, em 1941, com a canção Vira e Mexe, com a qual tiraria o primeiro prêmio e seria contratado pela Rádio Nacional, ele tocou emprostíbulos e bares de pouca categoria. A música nordestina de Luiz Gonzaga sofreu preconceito no início.
O diretor artístico da rádio nacional não o deixava sequer usar o chapéu de couro e a roupa de cangaceiro que fariam parte de seu visual durante toda a carreira no futuro. Porém, mais ou menos como vem acontecendo hoje em São Paulo e em outros centros, o forró foi conquistando o grande público, deixando de ser só uma música para saudoso migrantes nordestinos ou pessoas de 4 classe social inferior. E o modo poético como Gonzagão cantava sua vivência dura de sertanejo, as tristezas e por que não? As doçuras da vida nordestina tão esquecida pelo resto do Brasil, foi entrando devagarzinho no coração de todo o país que, na época, encantava-se mais com os musicais vindos de Hollywood.
Quase sessenta anos depois, com a nova onda do forró, nada mais justo que ver a música do Velho Lua, , ser presença obrigatória nas casas noturnas de todo o país. E admirada por tantos adolescentes.
Algumas Ramificações do Forró
a) como dança e música: baião, xote, xaxado, coco, vanerão, quadrilhas juninas ...
b) como música: forró malícia (principal representante é Genival Lacerda), lambaforró, oxentemusic A primeira Música Consta como sendo "Baião"- (1946) de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, porém podem haver gravações anteriores.
Como Surgiram os Rítmos que Compõem o Forró:
O baião:
sua origem remonta ao século XIX, no nordeste do país, mas faltam informações precisas para esse início. Segundo alguns, a palavra vem de " baiano".O baião veio do lundu e era dançado em roda; um dos presentes intimava os outros a dançar por meio de umbigadas e toques de castanholas.
A popularização do ritmo se deu mesmo a partir da década de 40, com Luiz Gonzaga, pernambucano que veio para o Rio de Janeiro e gravou inúmeras músicas,que falavam do cotidiano nordestino.
Esse tipo de baião cantado sofreu influências de outros ritmos, como o samba e a conga. Nos anos 70, Gil e Caetano com otropicalismo e o interesse em resgatar os ritmos genuinamente brasileiros, deram novaforça ao baião.
O xote:
ritmo de origem européia que surgiu dos salões aristocráticos da época daRegência - final do séc XIX. Conhecido originalmente com o nome schottisch, dominou no período do Segundo Reinado incorporando-se depois às funções populares urbanas, passando a ficar conhecido como chótis e finalmente xote. Saiu dos salões urbanos para incorporar-se às regiões rurais, onde muitas vezes aparece com outras denominações.
O xaxado:
o nome provém do som que os sapatos faziam no chão ao se dançar; é uma dança do agreste e sertão pernambucano, bailada somente por homens, que remonta da década de 20. O acompanhamento era puramente vocal, melodia simples, ritmo ligeiro, e letra agressiva e satírica. Tornou-se popular pelos cangaceiros do grupo de Lampião. O coco:
dança de roda do norte e nordeste do Brasil, fusão da musicalidade negra ecabocla. Acredita-se que tenha nascido nas praias, daí a sua designação. O ritmo sofreu várias alterações com o aparecimento do baião nas caatingas e agreste. Como compositor que popularizou o ritmo podemos citar Jackson do Pandeiro.
O vanerão:
É o forró dançado no sul do país. Caracteriza-se por ser uma dança em que os pares giram pelo salão com imensa mobilidade e rapidez.
As quadrilhas juninas: são de natureza rural, da tradição européia, do culto ao fogo, anteriores ao cristianismo. A Igreja Cristã adaptou a festa de São João para absorveros cultos agrários pagãos. No Brasil a festa é acompanhada de muita música e dança: a quadrilha (dança das Cortes européias), o baião, o xote entre outros.
Atualmente o forró está sofrendo alterações em relação ao seu perfil original com o surgimento de novos grupos musicais e o sucesso que está fazendo entre os jovens. "A maioria destes grupos se formou após a febre da lambada, e a música que eles fazem é chamada de lambaforró ou oxentemusic.A dança também se modificou, assimilando passos da lambada (principalmente os giros)"afirma Dominguinhos.
Nasceu 12/2/1941 em Garanhuns (PE), e começou a carreira artística na infância, tocando no trio Os Três Pingüins com os irmãos. Já então tocava sanfona de oito baixos, instrumento que sempre o acompanhou. Quando tinha 7 anos foi ouvido por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, que achou que o menino tinha futuro e lhe deu seu endereço no Rio de Janeiro. Dominguinhos foi procurá-lo seis anos mais tarde, quando se mudou com a família para o Rio, e ganhou do mestre uma sanfona de presente. Nos anos 50 e 60 ganhou a vida tocando boleros e sambas-canções em cassinos, gafieiras, dancing, churrascarias, boates e na Rádio Nacional, onde ingressou em 1967, ano em que gravou seu primeiro LP. Tornou-se famoso no meio musical e passou a ser convidado para gravações e turnês com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia. Como compositor também se destacou. Ao lado de Gil assina algumas composições, como "Lamento Sertanejo" e "Abri a Porta". Seus maiores sucessos foram "Tantas Palavras", com Chico Buarque, "De Volta para o Aconchego" (com Nando Cordel), gravada por Elba Ramalho e "Isso Aqui Ta Bom Demais". Gravou mais de 30 discos e compôs trilhas para cinema, firmando-se como compositor e sanfoneiro de prestígio. Já ganhou quatro prêmios Sharp.
Em maio de 1958 três jovens baianos. Evaldo dos Santos (Coroné), Lindolfo Mendes Barbosa (Lindú) e José Pedro Cerqueira (Cobrinha), se juntaram no Pelourinho com um único sonho: " Fazer Sucesso na Música ". Logo conheceram Gordurinha, grande radialista da época os viu tocar e ficou encantado com aqueles três meninos colocando platéias ao delírio e lhe fez um convite: " O de ir para o Rio de Janeiro ", ele lhes prometeu uma gravadora e assim foi feito, vieram para o Rio e em 1962 gravaram o seu primeiro sucesso: " Chupando Gelo ", daí foi quase um disco por ano e um sucesso atrás do outro: " Pau de Arara é a Vovozinha, Vamos Xamegar, No Meio das Meninas", dentre outros. No início da inesquecível década de 70 o primeiro sucesso: " Procurando Tú ", este foi a grande consagração do Trio Nordestino, pois ficou 90 dias nas paradas de sucesso vendendo mais de 1.000.000 de discos, ficando atrás apenas do Rei Roberto Carlos. Ainda na década de 70 o Trio teve a felicidade de gravar muitos sucessos como: " Forró Pesado, Chililiqui, Chinelo da Rosinha, Petrolina Juazeiro, Chap Chap " dentre outros. Já no início da década de 80 mais precisamente em 1982 morre Lindú o sanfoneiro e vocalista do Trio. " Que me perdoem os outros, mas Lindú foi a melhor voz do Nordeste " sábias palavras do mestre Luiz Gonzaga. Mas Lindú deixou ainda em vida seu substituto: Genário, sanfoneiro alagoano que ficou no Trio por 11 anos e também gravou o grande sucesso: "Neném Mulher" no ano de 1985. Chegada à década de 90, mas precisamente em 92 Genário decide fazer carreira solo e sai do Trio. Meses depois morre Cobrinha. Coroné não deixou cair à bandeira e chama Luiz Mário, nada mais nada menos que, filho de Lindú. Fizeram alguns shows com sanfoneiros convidados, quando chega ao ano de 95 por indicação de Mariazinha viúva de Lindú, Coroné convida Beto Sousa afilhado de Lindú. A partir daí começa uma nova fase do Trio ! Com várias indicações para o prêmio Caras e prêmio Tim de melhor grupo regional, e turnês pela Europa e EUA. Com essa nova fase, começou a era do CD para o Trio Nordestino com a gravação do 1° CD intitulado "Xodó do Brasil". 45 anos de sucesso, o Trio lança seu 43° álbum intitulado o "Baú do Trio" com 25 de seus maiores sucessos, com várias participações especiais como: " Elba Ramalho, Raimundo Fagner, Lenine, Dominguinhos, Alcione, Alceu Valença, Forroçacana, Falamansa " dentre outros. Em abril de 2005 morre Coroné, o último dos fundadores, foi para o céu fazer companhia a seus eternos amigos: Lindú e Cobrinha, com mais uma baixa, Luiz Mário e Beto não deixaram a bandeira do forró cair, Carlinhos hoje batizado Coroneto assume a zabumba do seu avô Coroné, sendo batizado de Coroneto em homenagem a seu avô. Hoje o Trio Nordestino é formado por Luiz Mário, Beto Sousa e Coroneto, dando continuidade aos 50 anos de História de sucesso, mostrando para todos os seus fãs, que a herança deixada por Lindú, Cobrinha e Coroné, está em boas mãos. Com vocês o inesquecível Trio Nordestino !
Segue abaixo um show ao vivo do trio Nordestino no Remelexo (sp)
Waldonys José Torres de Menezes Nascido em Fortaleza no dia 14 de setembro de 1972 é acordeonista e músico do genero forró. Também é piloto de avião. Seu pai Eurides era acordeonista amador e o incentivou a iniciar seus estudos musicais com aulas particulares a partir dos 11 anos e depois teve aulas teóricas no Conservatório Alberto Nepomuceno. Nessa época conhece Dominguinhos que o apresenta a Luiz Gonzaga e em 1988 participa da gravação do LP "Aí tem", no qual Waldonys tem uma participação na música "Fruta Madura", onde seu nome é citado por Luiz Gonzaga.
Marinês Inês Caetano de Oliveira (São Vicente Férrer, 16 de novembro de 1935 — Recife, 14 de maio de 2007) Inês de Oliveira acrescentou o Maria ao nome quando participou de um programa de calouros em uma rádio, para que os pais não percebessem que ela estava atuando como cantora. O locutor, ao anunciá-la, chamou-a de Marinês, nome que ela acabou adotando. Cantora pernambucana muito popular no nordeste, considerada a Rainha do xaxado, gravou mais de 30 discos em sua carreira. Nasceu em Pernambuco mas foi criada na Paraíba, em Campina Grande, onde cantava no colégio. Em seguida ganhou prêmios em concursos de calouros e foi criando fama como cantora de forró. Gravou o primeiro disco em 1956 e integrou o grupo de Luiz Gonzaga, com quem foi para o Rio de Janeiro. Participou de filmes, cantou em rádios e se apresentou em diversos lugares, mas sempre voltou ao nordeste, onde seu público cativo lota cinemas, auditórios e estações de rádio para assisti-la e dançar ao som de sua música. Em 1999 o CD comemorativo dos 50 anos de carreira da cantora, "Marinês e Sua Gente", foi produzido por Elba Ramalho e contou com a participação de Lenine, Dominguinhos, Genival Lacerda, Chico César, Geraldo Azevedo, Antônio Barros (e Cecéu), Moraes Moreira, Alceu Valença, Zé Ramalho, Marco Farias, Margareth Menezes e Ney Matogrosso interpretando sucessos de forró como "Forró do Beliscão", "Coco da Mãe do Mar", "Meu Cariri", "Lamento Sertanejo", "A Noite Toda", "Forró das Comadre" e outros.
Do alto da serra onde fica a cidade de Areia, em plena região do brejo paraibano, avista-se lá embaixo a cidade de Alagoa Grande, com a lagoa que dá nome à cidade brilhando à luz do sol nordestino, como uma colher de prata em cima de uma toalha verde. Pois foi em Alagoa Grande, em 31 de agosto de 1919, que nasceu José Gomes Filho, que mais tarde viria a se tornar conhecido como Jackson do Pandeiro. Queria ser sanfoneiro. Mas a sanfona era um instrumento caro, e sendo o pandeiro mais barato, foi esse que recebeu de presente da mãe, Flora Mourão, cantadora de coco, a quem desde cedo o menino ouvia cantar coco, tocando zabumba e ganzá. Aos 13 anos, com a morte do pai, veio com a mãe e os irmãos morar em Campina Grande, onde começou a trabalhar como entregador de pão, engraxate e pequenos serviços. Na feira de Campina, entre um mandado e outro, assistia aos emboladores de coco e cantadores de viola. Ia muito ao cinema e tomou gosto pelos filmes de faroeste, admirando muito o ator Jack Perry. Nas brincadeiras de mocinho e bandido com os outros garotos, José transformava-se em Jack, nome pelo qual passou a ser conhecido. Aos dezessete anos, largou o trabalho na padaria para ser baterista no Clube Ipiranga. Em 1939, já formava dupla com José Lacerda, irmão mais velho de Genival Lacerda. Era Jack do Pandeiro. No o início da década de 40, Jackson foi morar em João Pessoa, onde continuou a tocar nos cabarés, e logo depois na Rádio Tabajara, onde ficou até 1946. Em 1948 foi para o Recife trabalhar na Rádio Jornal do Comércio Foi aí que o diretor do programa sugeriu que ele trocasse o Jack por Jackson, que era mais sonoro e causava mais efeito quando anunciado ao microfone. Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, foi que Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: Sebastiana, de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: Forró em Limoeiro, rojão composto por Edgar Ferreira. Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Alburquerque, com quem se casou em 1956 vivendo com ela até 1967. Fizeram uma dupla de sucesso, ele cantando e ela dançando ao seu lado, tendo participado de dezenas de filmes nacionais. A paixão por Almira era tão grande que Jackson chegou a colocar várias músicas no nome dela. Depois doze anos de convivência, Jackson e Almira se separaram e ele casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer. No Rio, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com O Canto da Ema, Chiclete com Banana, Um a Um e Xote de Copacabana. Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval. Músicos que o acompanharam como Dominguinhos e Severo dizem que ele era um grande “sanfoneiro de boca”, o que significa que apesar de não saber tocar o instrumento ele fazia com a boca tudo aquilo que queria que o sanfoneiro executasse no instrumento. O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. No palco, tinha uma ginga toda especial, uma mistura de malandro carioca com nordestino. Ficou famoso pelas umbigadas que trocava com a parceira e esposa Almira. Já com sessenta e três anos, sofrendo de diabetes, ao fazer um show em Santa Cruz de Capibaribe, sentiu-se mal, mas não quis deixar o palco. Já estava enfartado mas continuou cantando, tendo feito ainda mais dois shows nessas condições, apesar do companheiro Severo, que o acompanhou durante anos na sanfona, ter insistido com ele para cancelar os compromissos: ele não permitiu. Indo depois cumprir outros compromissos em Brasília passou mal, tendo desmaiado no aeroporto e sendo transferido para o hospital. Dias depois, faleceu de embolia cerebral, em 10 de julho de 1982.
[URL=http://www.4shared.com/audio/KQm1LSPi/Jackson_do_Pandeiro_-_O_Canto_.html]Jackson do Pandeiro - O Canto da Ema.mp3[/URL]
Segue abaixo uma coletânea de 80 musicas do nosso saudoso rei do ritmo!
DICAS DE COMO SE COMPORTAR NO FORRÓ Para um iniciante o melhor som é o xote, porque é um ritmo mais lento em que se pode dançar bem juntinho. E para você que está aprendendo, uma grande dica é não pisar no pé de sua parceira(o). Outra dica é, quando estiver dançando, preste atenção naqueles que também estão dançando ,você pode tirar grandes lições. Vá ao Forró com roupas confortáveis, nada de roupas apertadas, tecido muito grosso ou botas, vá com calça e camiseta que deixe bem à vontade, assim você se sairá melhor. Essa dica é ideal para você que está começando e tem vergonha de dançar ou de tentar aprender e errar, vá a casas em dias que elas costumam ficar cheias, geralmente sextas e sábados, isso fará com que você passe desapercebido quando estiver dançando com alguém. NUNCA tente imitar pessoas que dançam de um modo exagerado, pessoas que dançam somente para se exibir pode ter certeza, estas não estão se exibindo, mas sim, na maioria dos casos pagando um grande mico, tenha seu estilo próprio, isso você vai adquirindo com o tempo não se preocupe. Os iniciantes não devem ser discriminados quando forem ao forró. Dance com todos sem nenhum preconceito, pois não existe nada mais chato do que uma pessoa chamar outra para dançar e ela recusar pelo fato de ser feia, gorda ou não saber dançar. Lembre-se que se foi você quem recusou, amanhã pode ser você o recusado. Você é daquele muito tímido? Não se preocupe, no Forró pé de serra as pessoas são liberais em relação a dança, e é muito difícil alguém não aceitar dançar com você, mas se isso acontecer pode ter certeza que esta pessoa não está no lugar certo. NUNCA dance de cara fechada, isso é falta de educação. Dance com todas as pessoas, não tenha preconceito pelo aspecto físico, se são gordas, magras, bonitas ou feias. Agora, está é para você que já freqüenta o forró há algum tempo, nunca ria ou deboche de alguém que está aprendendo, tenho certeza que não gostaria que debochassem de você, lembre-se que você também já passou por isso. NUNCA arrume brigas no forró, você pode ficar com má fama e ainda perder a confiança das pessoas antes mesmo delas te conhecerem Quando você não estiver dançando mas estiver olhando alguém dançar, não atrapalhe os casais que estão dançando enquanto que você ficando parado no meio do salão ou muito na lateral. NUNCA largue alguém no meio da música com desculpas ultrapassadas como: “Ahh cansei.” Preciso ir ao banheiro eu já volto” e nunca mais volta, mesmo que não estiver gostando fique até o fim da música, afinal deixar alguém na mão é uma falta de respeito muito grande. Sempre agradeça a pessoa com quem você dançou e apresente-se, afinal o Forró é um excelente lugar para se fazer amigos. Não dance com cigarro acesso na mão, você pode queimar seu parceiro(a) e os outros casais que estão dançando próximos de você. NUNCA pense que você é melhor que alguém quando está dançando, pois pode ter certeza que sempre existirá um melhor que você. Se você estiver aprendendo a dançar, se solte e divirta-se, pois o importante é isso. Quantas vezes já vi aquele casal dançando todo errado e desengonçado mas com um sorriso imenso no rosto. E se alguém rir de você ou falar mal, dane-se. Outra dica muito importante, nunca chame uma menina para dançar e chegue logo agarrando e passando a mão de maneira desrespeitosa, pois a maioria das meninas não gostam deste tipo de atitude que realmente é muito desagradável. Quando dançar preste atenção na musica, sinta o ritmo, outra dica é dançar com os olhos fechados quando estiver em uma parte segura do salão para não ter o perigo de esbarrar em ninguém, assim você verá como é bem melhor e terá resultados surpreendentes, principalmente no ritmo do xote, afinal, tem gente que diz que o Forró é uma coisa de alma. Quando estiver na beira do salão, dance um pouco sozinho(a) ali no seu próprio espaço, isso fará com que você seja notado com alguém que procura um par. Se você está com sua namorada(o) no forró e outra pessoa chamar para dançar, deixe ela(e) ir e não arrume briga por causa disso, afinal se você não confia nela(e) você está com um grande problema. Se o homem lhe chamar para dançar e você realmente não estiver afim, tudo bem, mas não faça como umas e outras que dizem não para um e logo em seguida estão dançando com outro, isso é muito chato. O melhor do Forró é poder dançar coladinho com seu parceiro(a), sentindo a música, o toque e a sutileza dos movimentos. Tente! O Forró não é apenas uma dança ou um ritmo, mas sim um envolvimento entre dois corpos em sintonia, um transe. O forró é algo que você só descobrirá depois de começar a dançar. A música melódica fala muitas vezes de amor e paixão. O forró é para quem ama e quer ser amado. Para você que ainda não aprendeu a dançar, quando aprender, não despreze as feias, dance com qualquer uma, até as gordinhas que na maioria das vezes dançam muito melhor que as magrinhas. Se não estiver gostando de quem está dançando com você, não largue no meio da música. Mesmo que você se considere um ótimo dançarino e saiba fazer mil passos de braços e outros separados, não exagere. Não tem nada melhor que dançar coladinho porque além de você dançar de maneira muito extravagante, acaba não aproveitando o melhor do forró que é sentir os corpos. No forró cada pessoa tem o seu estilo de dançar, procure o seu. Para as pessoas que estão começando a ir ao forró agora, sejam mais humildes, pois o forró é a única balada onde vocês farão amizades de verdade, mas não aproveite desta situação, não existe nada pior do que ir para o forró, ser assediado, ver brigas e confusões. Nunca fique muito tempo parado na entrada da pista olhando para a menina, pois quando você resolver chamar ela para dançar é quase certeza que receberá um não. NUNCA negue uma dança, mesmo que você nunca tenha visto a pessoa no salão antes, esta pessoa pode não ser sua conhecida, mas pode dançar muito bem e ter um estilo diferente. Sabendo ou não, nunca descrimine. Quando forem ao forró, esqueçam pelo menos um minuto que estão procurando meninas bonitas e maravilhosas, dêem oportunidade para as outras. Elas estão lá para dançar e se divertir também, e não para serem julgadas. A coisa mais ridícula que tem no forro é quando um menino fica olhando para um lado e para o outro procurando uma garota linda e maravilhosa para dançar enquanto que um monte de meninas estão a sua volta de braços cruzados esperando para serem chamadas, isso é horrível de se ver. Saiba sacar quando rola algo a mais que uma dança, é muito chato para a garota que só quer dançar ficar se esquivando do cara. Se não rolou uns beijinhos, paciência. Quando estiver no Forró não se esqueça 01 – Do desodorante 02 – De pegar leve com as meninas 03 – De ser humilde 05 – De ser perseverante não desistindo na 1° menina que chamar 06 – De gostar de forró 07 – De tornar o ambiente mais agradável fazendo sua parte e respeitando a todos 08 – De ensinar outra pessoa a dançar 09 – De transformar um pagodeiro em forrozeiro 10 – De ser feliz (Texto: Marquinhos do Forró) "forrotemquesercoladinho" .
Blog criado com o intuito de valorizar, divulgar e expandir o nosso verdadeiro, original e autêntico FORRÓ PÉ DE SERRA, que jamais e em hipótese alguma deve ser esquecido, confundido ou comparado com outros ritmos que se auto-titulam forró!
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